1) A ter mais empatia:
"As dores alheias fazem lembrar as próprias, e são um corretivo da alegria, cujo excesso pode engendrar o orgulho."
2) A ter mais equilíbrio com meus sentimentos:
" A sensibilidade não pode usurpar o que pertence à razão."
3) A valorizar mais a essência de cada um:
"— Eugênia, quer saber a verdadeira razão do mau sucesso de suas afeições? É deixar-se levar mais pelas aparências que pela realidade; é porque dá menos apreço às qualidades sólidas do coração do que às frívolas exterioridades da vida. Suas amizades são das que duram a roda de uma valsa, ou, quando muito, a moda de um chapéu; podem satisfazer o capricho de um dia, mas são estéreis para as necessidades do coração."
4) A não aceitar migalhas de ninguém:
"Não vale a pena esperdiçar afetos; sentirá mais tarde que essa moeda do coração não se deve nunca reduzir a trocos miúdos nem despender em quinquilharias."
5) A enxergar as pessoas como elas realmente são:
"O amor de Estácio tinha a particularidade de crescer e afirmar-se na ausência e diminuir logo que estava ao pé da moça. De longe, via-a através da névoa luminosa da imaginação; ao pé era difícil que Eugênia conservasse os dotes que ele lhe emprestava."
6) A fazer melhor uso do meu tempo:
"A rigor, o tempo corre do mesmo modo, quer o esperdicemos, quer o economizemos. O essencial não é fazer muita cousa no menor prazo; é fazer muita cousa aprazível ou útil."
7) A refletir sobre a vida a dois:
"O casamento não é uma solução, penso eu; é um ponto de partida. (...) Convenho que Eugênia não tem todas as qualidades que você desejaria; mas, não se pode exigir tudo: alguma cousa é preciso sacrificar, e do sacrifício recíproco é que nasce a felicidade doméstica."
8) A me importar menos com a opinião alheia :
"Não tapará nunca a boca aos maus — disse o padre —; eles acharão meio de envenenar-lhe a generosidade."
9) A ter mais compaixão:
" Na abastança é impossível compreender as lutas da miséria, e a máxima de que todo o homem pode, com esforço, chegar ao mesmo brilhante resultado, há de sempre parecer uma grande verdade à pessoa que estiver trinchando um peru…"
10) A entender que o amor é também uma decisão:
"O amor não é mais que um instrumento de escolha; amar é eleger a criatura que há de ser companheira na vida, não é afiançar a perpétua felicidade de duas pessoas, porque essa pode esvair-se ou corromper-se."

Ótimas considerações, acho incrível o quanto você consegue extrair das obras... Confesso que até hoje o final me indigna um pouco hahaha
Meu livro preferido de Machado! O final me arrebatou.
Li Helena na escola, época em que não temos a percepção de hoje. Achei incríveis suas considerações, acho até que vou reler.